quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Investimento de R$ 4 milhões em laboratório


Valor investido no Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias foi dividido entre o MS, o BNDES a FINEP e CNPq

Parte integrante da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (Lance) acaba de ser inaugurado e produzirá as unidades da linhagem brasileira de células-tronco pluripotentes induzidas, que podem se transformar em qualquer célula sem ser criada a partir de embriões – a primeira linhagem foi desenvolvida pela equipe da UFRJ, no início deste ano. O investimento foi de R$ 4 milhões, divididos entre Ministério da Saúde, o BNDES a FINEP e CNPq.
Segundo o Ministério da Saúde, R$ 532,75 milhões foram investidos em 2.694 projetos científicos de universidades e instituições de pesquisa desde 2003 até o primeiro semestre de 2009. Sendo que o Brasil foi o quinto país a produzir células-tronco pluripotentes induzidas. A pesquisa foi coordenada pela Lygia da Veiga Pereira, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e Stevens Rehen da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os estudos de Lygia e Rehen foram financiados pelo Ministério da Saúde, através da Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC). Sendo que a cientista chegou a primeira linhagem de célula-tronco embrionária humana no Brasil e Rehen produziu a primeira linhagem de células-tronco obtidas sem o uso de embriões (células-tronco induzidas). A rede, coordenada pelo Ministério, deve encerar o ano com um investimento total de R$ 32 milhões, em 2009, divididos entre BNDES e dos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Saúde.

Rio inaugura primeira grande fábrica de células-tronco do Brasil

Pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) inauguraram na segunda-feira (30) a primeira grande fábrica de células-tronco do país. O objetivo é distribuir linhagens dessas células para dezenas de centros de pesquisa Brasil afora, de maneira que futuros testes de laboratório - e, com sorte, de terapia celular em pessoas - sejam padronizados e tenham resultado mais confiável.

O Lance (Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias) fabricará não só linhagens de células embrionárias humanas, famosas por sua versatilidade quase ilimitada (podem assumir a função de qualquer tecido do organismo adulto), mas também as chamadas células iPS. Esse outro tipo é aquele produzido quando um pedaço do organismo adulto, como uma célula da pele, é "convencido" a retornar a um estado mais primitivo, tão versátil quanto o embrionário.

A esperança é que ambos desempenhem um papel importante na medicina do futuro. As duas classes de célula podem ajudar a reconstruir a dinâmica de doenças humanas em laboratório e servir como plataforma para teste de novas drogas.

Também há chance de usá-las para reconstruir tecidos e órgãos lesados, como os neurônios desfuncionais de uma pessoa com mal de Parkinson, embora nenhum teste em humanos tenha ocorrido até agora.

Criatividade e esperança - Com recursos do Ministério da Saúde, do CNPq, da Finep e do BNDES, o Lance é uma tentativa de aplicar resultados da pesquisa básica em saúde.

O diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, Roberto Lent, disse que a iniciativa marca um momento de "criatividade e esperança" para a instituição, que está fazendo 40 anos. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foi o responsável por inaugurar oficialmente o laboratório ontem.

O novo laboratório terá também um braço na USP (leia texto à dir.). Os 26 pesquisadores da ala carioca do Lance se destacam, junto com seus colegas paulistas, pela experiência já adquirida na área.

Foram os primeiros da América Latina a produzir células iPS, um truque delicado de manipulação genética, e os primeiros a produzirem uma tese de doutorado e um artigo científico sobre células-tronco embrionárias humanas no Brasil.

O grupo também anda otimizando técnicas para a produção e a análise dessas células em larga escala.
A ideia é usar esse know-how como controle de qualidade das linhagens celulares que serão empregadas para pesquisa no Brasil.

Os cientistas planejam garantir que as células distribuídas estejam livres de contaminação bacteriana, sem anomalias genéticas e com pluripotência (versatilidade na transformação em outros tipos).

Comparabilidade - Stevens Rehen, o biólogo coordenador do laboratório, diz que será preciso encontrar equilíbrio entre a padronização das linhagens e a criatividade de cada grupo de pesquisa.

"Posso chegar a um protocolo numa determinada linhagem que é boa para produzir neurônios, e para mim está ótimo", explica o cientista. Segundo ele, porém, isso não basta. "É importante que seja possível comparar as linhagens durante testes clínicos, por exemplo, porque é comum cada uma se comportar de modo diferente."

Outro fator a ser considerado pelos cientistas é a composição genética das células, que influi na maneira com que elas reagem a drogas, por exemplo.

"A [linhagem] que testamos era cerca de 98% europeia. Pode ser que nunca consigamos amostrar toda a diversidade genética brasileira, porque quem tem acesso a clínicas de fertilização (fornecedoras de células embrionárias) tende a representar uma fatia mais europeia da população", afirma. (Fonte: Folha Online)

EUA aprovam primeiras linhagens "éticas" de células-tronco


O governo dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira as primeiras 13 linhagens de células-tronco embrionárias humanas, abrindo caminho para seu uso em pesquisas com verbas federais e refletindo o anúncio do presidente Barack Obama, em março, no sentido de eliminar algumas restrições.
Essas linhagens foram produzidas com verbas privadas por dois pesquisadores da Universidade Harvard e da Universidade Rockefeller, segundo Francis Collins, diretor do Instituto Nacional de Saúde dos EUA.
A decisão libera esses e muitos outros pesquisadores para usarem verbas federais nas suas pesquisas com tais linhagens de células-tronco, que são uma espécie de "manual de instruções" do organismo, capazes de dar origem a qualquer órgão ou tecido do corpo, o que abre a perspectiva de cura para diversas doenças e lesões.
"Hoje estamos anunciando a aprovação das primeiras 13 linhagens de células-tronco", disse Collins a jornalistas por telefone. "Chegamos ao ponto em que temos linhagens de células-tronco declaradas elegíveis para o uso sob esta nova política."
Alegando obstáculos éticos ao uso de embriões, o governo conservador de George W. Bush impunha restrições ao uso de verbas federais nas pesquisas com células-tronco embrionárias. Em março, seu sucessor Barack Obama suspendeu parte dessas restrições.
Mas Obama não pôde suspender uma restrição que foi imposta pelo Congresso, a chamada emenda Dickey-Wicker, que proíbe o uso de verbas federais para a produção das células-tronco. Por isso, só será possível o uso das verbas públicas em linhagens já existentes.
Adversários da prática a equiparam ao aborto, por destruir embriões. Defensores alegam que esses embriões, descartados em clínicas de fertilização, seriam destruídos de qualquer maneira.
O Instituto Nacional de Saúde criou uma comissão que estabelecerá as diretrizes sobre quais linhagens de células-tronco atendem a rígidos critérios éticos. Será obrigatório, por exemplo, que os embriões tenham sido descartados em clínicas de fertilização, e que os pais assinem detalhados formulários de autorização.
Collins disse que, após quase dez anos de debate sobre o assunto, a maioria da opinião pública apoia o uso de células-tronco embrionárias obtidas em clínicas de fertilização.

Cientistas franceses criam pele com células-tronco

Cientistas franceses descobriram uma maneira de criar pele humana rapidamente a partir de células-tronco, uma descoberta que pode salvar as vidas de muitas vítimas de queimaduras que são vulneráveis a infecções e hoje podem ter que esperar semanas para um enxerto de pele.

Os cientistas conseguiram o avanço criando um pedaço de pele humana nas costas de um camundongo com o uso de células-tronco, que possuem a capacidade de se desenvolverem e converterem em qualquer célula humana.

Tradicionalmente, os enxertos de pele são criados a partir de culturas de células retiradas do paciente. É um processo que leva três semanas, o que é tempo demais para alguns pacientes que sofreram queimaduras extensas.

O novo método à base de células-tronco permite que os hospitais encomendem pele humana assim que receberem uma vítima de queimaduras.

"O que nossa descoberta pode fornecer é uma maneira de cobrir as queimaduras durante essas três semanas com epiderme. produzida naquela fábrica e enviada ao médico assim que o hospital recebe um paciente com queimaduras graves", disse Marc Peschanski, diretor de pesquisas do instituto I-Stem.

"O hospital vai ligar para a fábrica e receberá imediatamente um metro quadrado de epiderme, que servirá para cobrir as queimaduras temporariamente", disse ele.

"Enxertamos células nas costas de um camundongo no qual tínhamos provocado um ferimento, e observamos, 12 semanas mais tarde, que a epiderme tinha se curado", disse Xavier Nissan, que participou do estudo realizado pelo I-stem, que desenvolve terapias de regeneração usando células-tronco.

Na França, entre 200 e 300 pessoas por ano correm o risco de morrer de queimaduras graves, disse Peschanski, que espera que o novo método se torne uma ferramenta terapêutica comum.

"Portanto, isto realmente traz uma nova esperança para essas pessoas. E a verdade é que qualquer um de nós pode se tornar um paciente com queimaduras graves', disse ele. (Fonte: Folha Online)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Cientistas usam células-tronco para criar "remendo" para lesões cardíacas


Cientistas americanos conseguiram criar uma espécie de "remendo para o coração", ao imitar a forma como as células-tronco embrionárias se transformam em tecido cardíaco, em um importante passo rumo ao desenvolvimento de técnicas de reparo do órgão lesionado por alguma doença.

Em uma apresentação para a Sociedade de Engenharia Biomédica, em Pittsburgh, no estado americano da Pensilvânia, os cientistas da Escola Pratt de Engenharia, da Universidade de Duke (Carolina do Norte, EUA) anunciaram que, através de testes realizados em ratos, detectaram que esse remendo tem capacidade de se contrair e de se expandir e conduz sinais elétricos como o tecido cardíaco normal.

Em uma série de experimentos com células-tronco embrionárias dos roedores, os cientistas criaram um remendo com células do músculo cardíaco chamadas cardiomiocitos.

Os pesquisadores cultivaram as células em um ambiente similar ao dos tecidos naturais.

Depois as colocaram em cápsulas com um composto de fibrina, a proteína responsável pela coagulação.

No processo, os cientistas descobriram que os cardiomicitos se desenvolviam somente na presença de um tipo de células chamado fibroblastos cardíacos, que fazem parte de cerca de 60% das células do coração.

"Descobrimos que ao agregar os fibroblastos cardíacos aos cardimiocitos se criava um ambiente nutritivo que estimulava o crescimento das células, como se estivessem em um coração em desenvolvimento", afirmou Brian Liau, um dos pesquisadores da Escola Pratt de Engenharia.

"Ao testar o remendo, constatamos que as células se alinham na mesma direção e podem se contrair como células nativas. Também podiam transmitir sinais elétricos que fazem com que os cardimiocitos funcionem de uma forma coordenada", acrescentou.

Nenad Bursac, professor da Escola Pratt, disse, na apresentação do estudo, que os experimentos representam um avanço, mas advertiu que mais barreiras devem ser superadas antes que se chegue ao implante desses remendos em seres humanos com doenças cardíacas.

"Apesar de termos conseguido cultivar células cardíacas com capacidade de contração e dirigir impulsos elétricos, há outros fatores que devem ser considerados", acrescentou.

Um dos maiores obstáculos seria a criação de uma rede de capilares capaz de alimentar esse remendo.
 (Fonte: Folha Online)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mamães famosas decidem armazenar células-tronco do cordão umbilical

Cada vez mais casais buscam coletar e armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus bebês. É um seguro para o tratamento de várias doenças em qualquer momento da vida. Seguindo essa tendência e preocupadas com o futuro de seus bebês, Monica Martelli e Negra Li, escolheram o Centro de Criogenia Brasil para coletar as células-tronco do cordão umbilical das pequenas Julia e Sofia, respectivamente.




A procura pela coleta e armazenamento das células-tronco do cordão umbilical cresce anualmente, com a difusão da importância e dos benefícios. Além de serem 100% compatíveis com o bebê e terem alta compatibilidade com os pais e irmãos, as células-tronco coletadas no nascimento podem ser criopreservadas indefinidamente, em Nitrogênio líquido, a -196º C e o procedimento é totalmente não invasivo.



Serviço:


Centro de Criogenia Brasil

Av. Brasil, 332 – Jardim América

São Paulo – SP

Tel. (11) 3057.0510

Central de Atendimento: 0800 770 11 12

Fonte: Portal Sempre Materna

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Reprogramadas, células de pele fabricam insulina

Cientistas americanos conseguiram pela primeira vez reprogramar células da pele de pacientes com diabetes tipo 1 e convencê-las a produzir insulina. O experimento põe no horizonte a possibilidade de terapia futura contra a doença. Mas o que mais interessa aos pesquisadores é que agora eles poderão, finalmente, entender como o diabetes se origina.




O feito foi obtido por uma equipe liderada por Douglas Melton, do Instituto de Células-Tronco de Harvard, EUA. O grupo usou as chamadas células iPS, as células-tronco "éticas", cuja produção não demanda a destruição de embriões humanos.



Melton e seus colegas extraíram células da pele de dois diabéticos e converteram-nas em células-tronco com a ajuda de três genes. As células resultantes, por sua vez, foram convertidas em células beta, do pâncreas.



Estas células, que secretam insulina, são atacadas e destruídas pelo sistema imunológico dos portadores do diabetes tipo 1. Ninguém sabe como nem por que isso acontece. O diabetes 1, também chamado de diabetes juvenil, é uma doença na qual múltiplos genes estão envolvidos, e as condições ambientais que disparam a doença num portador desses genes não são conhecidas.



"As células iPS são o melhor ponto de partida, porque elas são derivadas de células do paciente e, portanto, capturam o genótipo da doença numa célula-tronco", escreveram os pesquisadores. Um artigo que apresenta os resultados do experimento foi publicado hoje no periódico "PNAS".



A eficiência da conversão de células iPS em células beta foi baixa, razão pela qual os pesquisadores ainda não estão muito otimistas quanto ao uso dessa técnica em terapia num futuro próximo.



No entanto, Melton afirma que o estudo é uma prova de princípio importante, porque agora poderá ser possível reproduzir, em laboratório, as condições nas quais o sistema imunológico do portador de diabetes juvenil começa a atacar as células de insulina.



Como o genoma "doente" está presente em todas as células do portador de diabetes tipo 1, os cientistas planejam derivar outros tipos celulares - como células do sistema de defesa do corpo- e fazê-las interagir com as células beta.



Questão pessoal - Sabendo em que condições ocorre o ataque e o que o provoca, os pesquisadores poderão, no futuro, usar as células iPS derivadas dos próprios pacientes para repovoar o pâncreas de diabéticos com células beta sem risco de rejeição. Também poderão desenvolver maneiras de evitar o ataque imunológico, curando a doença.



Para Douglas Melton, mais do que uma busca científica, trata-se de uma questão pessoal. O cientista tem dois filhos diabéticos, Sam e Emma, e passou a estudar células-tronco, desafiando as restrições impostas pelo governo Bush, para buscar a cura da doença.

 
Fonte: Folha On Line

Pesquisadores divulgam resultado positivo de pesquisa com células-tronco

Pesquisadores do interior do estado de São Paulo divulgaram nesta terça-feira (8) o resultado de mais uma pesquisa com células-tronco: aquelas que podem se transformar em qualquer tecido humano. Elas foram usadas, com sucesso, no tratamento de uma doença que atinge os pulmões, o enfisema pulmonar.




As pesquisas foram realizadas no Instituto de Moléstias Cardiovasculares, em São José do Rio Preto, e na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Assis.



Os primeiros resultados positivos apareceram em cobaias animais. Depois, o procedimento, considerado inédito, foi testado em três pessoas. As células-tronco foram retiradas da medula óssea e injetadas numa veia do braço.



Os estudos mostraram que uma grande parte das células foi diretamente para os pulmões e o estado de saúde dos pacientes melhorou.
 
 
Fonte: G1

Descoberta célula-tronco associada ao câncer de próstata

Pesquisadores descobriram uma célula-tronco que pode provocar pelo menos alguns tipos de câncer de próstata. Células-tronco são células que funcionam como uma espécie de "manual de instruções" para o organismo. A descoberta ainda é apenas experimental - as células foram descobertas em ratos -, mas pode explicar pelo menos alguns tipos de tumores prostáticos, e no futuro oferecer novas formas de tratá-los, segundo artigo publicado nesta quarta-feira na revista "Nature".


A descoberta também aponta para uma possível nova fonte dos tumores da próstata - as chamadas células luminais, que secretam vários compostos usados pela próstata.


 
"O papel das células-tronco no desenvolvimento do câncer de próstata tem sido um foco de especulação há muitos anos," disse em nota a Dra. Helen Rippon, da entidade britânica Prostate Cancer Charity.



"O importante é que esta nova célula-tronco não depende de andrógenos - os hormônios sexuais masculinos que controlam o crescimento da próstata - para sobreviver e crescer. Isso pode dar uma pista sobre por que o câncer de próstata frequentemente se torna resistente a tratamentos destinados a regular esses andrógenos nos estágios avançados da doença," acrescentou Rippon, que não participou da pesquisa.



"Este conhecimento aprimorado também será um passo adiante para aprendermos como ajudar a evitar que a doença se desenvolva nos homens."



Michael Shen, do Centro Médico da Universidade Columbia, e seus colegas batizaram as novas células-tronco como CARNs, sigla relativa a "células de expressão Nkx3.1 resistentes à castração."



Elas normalmente regeneram parte do tecido que reveste o interior da glândula, responsável pela produção de sêmen. Mas as células podem também formar tumores se certos genes destinados a impedir o crescimento descontrolado são "desligados".



Shen disse que os pesquisadores acreditavam que os tumores resultavam de uma camada diferente de células na próstata, as chamadas células basais.



"Pesquisas anteriores indicaram que o câncer de próstata se origina das células-tronco basais, e que durante a formação do câncer essas células se tornam células luminais," disse Shen em um comunicado. "Em vez disso, as CARNs podem representar uma origem luminal para o câncer de próstata."



O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens de todo o mundo, depois do de pulmão. A doença mata 254 mil homens por ano no mundo.

Fonte: Ultimo Segundo

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Células-tronco podem ser alternativas para doenças renais

SÃO PAULO - O tratamento atual das doenças renais crônicas se resume à terapia de hemodiálise ou ao transplante. Mas, de acordo com estudos apresentados durante a 24ª Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), realizada em Águas de Lindoia (SP) no mês passado, portadores de insuficiência renal poderão, no futuro próximo, contar com alternativas mais simples e eficazes no combate à doença.

No simpósio em que se discutiu o uso de células-tronco para o tratamento de portadores de doença renal crônica, os trabalhos projetaram possibilidades concretas, como o estudo coordenado pela nefrologista Lúcia Andrade, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Após introduzir células-tronco retiradas da medula óssea de ratos saudáveis em outros com insuficiência renal, a técnica gerou uma reversão do quadro da doença. Os resultados sugerem que as células-tronco, provenientes de animais adultos, são capazes de prevenir e até mesmo de regenerar a função e o tecido renal. Se resultados similares fossem obtidos em humanos, o método poderia, por exemplo, dispensar a diálise.

“O que fizemos até o momento é tudo experimental, em modelo de doença renal crônica em ratos. Agora, estamos propondo começar a fazer estudos terapêuticos com cães”, disse Lúcia à Agência Fapesp. O estudo tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.

O grupo utilizou roedores que passaram por cirurgias para simular a doença. Na simulação, os animais ficaram com apenas 20% da função renal. Foram aplicadas duas estratégias diferentes de tratamento. Duas semanas depois da cirurgia, um grupo de ratos recebeu uma injeção com 2 milhões de células-tronco na corrente sanguínea e outro recebeu três aplicações.

No quarto mês após o início do experimento, os dois grupos de ratos tiveram recuperação da função renal, conseguindo 50% de filtração. Segundo Lúcia, em humanos 20% da função renal implica a necessidade de se fazer diálise. “Já com 50% é possível levar uma vida normal, com dieta e acompanhamento médico.”

“O modelo que utilizamos é semelhante ao que ocorre em seres humanos. Os resultados apontam que a doença não só parou de progredir como as funções renais foram recuperadas em parte. Isso é algo bastante entusiasmante”, disse. O estudo foi publicado na revista Stem Cells.

Os testes feitos inicialmente com ratos serão conduzidos com cães com insuficiência renal. De acordo com a coordenadora da pesquisa, em reunião com veterinários foi descartada a possibilidade de se fazer o estudo com gatos.

“Nos gatos, a progressão da doença é muito lenta. E como queremos resultados mais rápidos optamos por realizar testes em cães porque, com uma única dose, a evolução da doença renal crônica é mais rápida e o resultado mais satisfatório”, disse.

Segundo ela, é necessário entender melhor o mecanismo, uma vez que as células injetadas podem migrar para tecidos não desejados. “Para a área de nefrologia, é arriscado estabelecer uma previsão a médio prazo. Em outras áreas, como a cardiologia, há um avanço, uma vez que os testes são feitos com humanos”, contou.

A pesquisadora destaca que não existe ainda uma explicação para a melhora da função renal a partir da aplicação de células-tronco. Uma possível resposta seria que elas migrariam para o tecido lesionado e liberariam tanto substâncias inibidoras dos agentes inflamatórios que causam a insuficiência renal como elementos que induzem a regeneração das células do rim.

“Mas acreditamos, a partir de nossos estudos, que o mecanismo de ação das células-tronco seja mais imunológico que regenerativo”, disse.

Outras frentes

Pesquisas de destaque na área também têm sido conduzidas pelos grupos liderados por Nestor Schor, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e por Niels Olsen Saraiva, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, que coordenaram a mesa sobre células-tronco e doença renal na Fesbe.

Schor, que coordena o Projeto Temático “Mecanismos moleculares, celulares e fisiopatologia da insuficiência renal aguda”, apoiado pela FAPESP, abordou no encontro o impacto das células-tronco na insuficiência renal.

O objetivo é tentar entender a fisiopatologia, ou seja, qual a contribuição das células-tronco, como controlá-las e quais as melhores células a serem utilizadas – se as da medula óssea, embrionárias ou do tecido adiposo –, entre outras questões.

Niels falou sobre o uso de um tipo de células-tronco, as mesenquimais, que são capazes de atenuar o processo inflamatório em doenças renais agudas e crônicas. Em doença renal aguda isquêmica, a inflamação é um componente chave.

“Qualquer terapia que possa amenizar a resposta inflamatória e, ao mesmo tempo, reparar precocemente o tecido, será benéfica para um tratamento futuro em pacientes com insuficiência renal”, disse.

O estudo – cujos resultados correspondem a duas teses de doutorado orientadas por Niels, concluídas este ano com o apoio da Fapesp – indicou que as células mesenquimais, derivadas de medula óssea ou gordura periférica, foram capazes de reverter a inflamação.

“Demonstramos que essas células, derivadas de medula óssea ou de gordura, são capazes de reverter o processo inflamatório desencadeado pela isquemia, diminuindo moléculas que têm ação mais inflamatória e aumentando outras com capacidade de proteger o tecido agredido. A diminuição desse processo inflamatório se traduz em menor cicatriz no órgão a longo prazo”, explicou.

Outro lado da pesquisa, salientado pelo professor da USP, é demonstrar que células-tronco derivadas de tecidos como o cerebral (neuroesferas) são também capazes de atenuar a inflamação renal por meio da secreção de fatores solúveis que agem em outras células.

“Mesmo a distância, uma célula com potencial de ‘ser tronco’, independentemente da origem, tem esta capacidade de diminuir a inflamação e aumentar as chances do tecido (do rim) se regenerar mais rapidamente”, disse.

Resultados dos trabalhos coordenados por Niels foram publicados nas revistas Stem Cells, International Imunopharmacology e Nephron Experimental Nephrology.

O professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP colaborará com o projeto de pesquisa em que células-tronco serão testadas em cães, em parceria com o grupo de Lúcia Andrade na Faculdade de Medicina.

Fonte: imigrante.com

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Coreia do Sul busca prisão para fraudador de células-tronco

Promotores da Coreia do Sul disseram a uma corte de Seul nesta segunda-feira desejar uma sentença de quatro anos para o cientista Hwang Woo-suk, desacreditado depois que sua equipe de pesquisa foi ligada a uma grande fraude em seu outrora celebrado estudo de células-tronco.


Hwang, no passado uma estrela na Coreia do Sul pelas pesquisas que posicionaram o país na linha de frente dos estudos de células-tronco, encara um julgamento sob acusações de fraude, uso indevido de 2.8 bilhões de won (2,25 milhões de dólares) em fundos estatais e violação de leis de bioética.

Os promotores disseram que Hwang envergonhou o país e prejudicou a pesquisa científica na Coreia do Sul.

"A decepção sentida pelo povo coreano é enorme", disse um dos promotores à corte.

Hwang, que se desculpou pela fraude no trabalho de sua equipe, negou qualquer infração e disse ter sido enganado por pesquisadores-juniores para acreditar nos resultados pioneiros.

Lee Bong-gu,advogado do cientista, disse: "Estas pessoas, incluindo os promotores, tentam destruir as preciosas evidências científicas de Hwang".

O julgamento já dura cerca de três anos, e pode entrar no quarto, dizem especialistas legais.

Acreditava-se que a equipe de Hwang havia feito dois grandes avanços no campo clonando células-tronco e adaptando-as a um paciente específico, o que alimentou esperanças de se criar tecidos geneticamente específicos para reparar órgãos danificados ou tratar doenças como Alzheimer.

Uma equipe de investigação na Universidade Nacional de Seul, onde Hwang trabalhou, declarou no final de 2005 que a equipe dele forjou deliberadamente informações vitais em seus dois trabalhos sobre células-tronco.

No entanto, os investigadores confirmaram que a equipe de Hwang produziu o primeiro cão clonado do mundo, um Afghan chamado Snuppy.

"A queda de Hwang desestimulou o governo a apoiar os estudos com células-tronco e os pesquisadores na área viraram motivo de deboche", disse Oh Il-hwan,professor especializado em bioética da Universidade Médica Católica.

Com grande apoio financeiro de patrocinadores, Hwang criou a Fundação Sooam Biotech Research em 2006, que se especializa em clonagem animal e produziu cães clonados.


Ultimo Segundo -IG

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Cuba transplanta células-tronco em sistema nervoso

O primeiro transplante com células-tronco no sistema nervoso central foi realizado em Cuba em um homem de 32 anos, em estado paraplégico, informou hoje a imprensa local.

O paciente, não identificado, evolui satisfatoriamente três meses após ter sido submetido à inovadora técnica, afirmou o neurocirurgião Amado Delgado Gómez à Agência de Informação Nacional (AIN).

O médico explicou que o paciente recupera a função motora nos membros inferiores e anda com o auxílio de órtese ? dispositivo mecânico que exerce forças sobre uma parte do corpo.

A técnica aplicada estimula a regeneração do tecido danificado e recupera em grande parte a função motora, depois de vários meses de reabilitação, afirmou o especialista cubano.

Delgado afirmou que se recomenda este tipo de intervenção no tratamento do mal de Parkinson, dos tumores cerebrais, do mal de Alzheimer, da esclerose múltipla, dos transtornos cerebrais, das más-formações congênitas, enquanto estão em estudo em laboratório outras doenças.

Esta primeira intervenção, realizada por uma equipe integrada por neurocirurgiãos, anestesistas, hematologistas, instrumentistas e enfermeiros, se estenderá a outras instituições hospitalares do país, de acordo com a fonte.

Os transplantes de células-tronco são usados também no infarto do miocárdio, em tumores embrionários, no câncer de mama, na clonagem de órgãos e em cirurgias ortopédicas, entre outros.

As pesquisas sobre as potencialidades das células-tronco em Cuba começaram em 2003. No caso do tratamento celular para regeneração de outros tecidos, sua aplicação começou em 2004, primeiro na angiologia, e mais tarde em cardiopatias, segundo o presidente da Comissão Nacional de Tratamento Regenerativo do Ministério da Saúde Pública, Porfirio Hernández.

Instituições científicas e assistenciais cubanas iniciaram cerca de 40 pesquisas das quais participam ao redor de 140 especialista



CMI Brasil

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Antibiótico veterinário mata células-tronco cancerosas

Usando salinomicina, pesquisadores dos EUA reduziram a 1 centésimo o número de células responsáveis por crescimento de tumor em cobaias.


Pesquisadores americanos da Instituto Broad, de Boston, ligado ao MIT e à Universidade Harvard, afirmam que encontraram um composto químico, que era usado para tratamento de gado e aves, que mata as raras e agressivas células cancerosas que têm a habilidade de formar novos tumores.


As células-tronco cancerosas permitem que o câncer se espalhe e também reapareça depois do que parecia ser um tratamento bem sucedido, além de também poder ser a causa dos tumores secundários.

Chegar até essas células com os tratamentos disponíveis é muito difícil. As técnicas tradicionais envolvem cirurgia, cortando o máximo possível do câncer e tentando matar suas células restantes com radiação. Esses métodos nem sempre funcionam, pois as células-tronco cancerosas, raiz do câncer, geralmente sobrevivem.

Outro problema apontado pelos pesquisadores é que células cancerosas podem estar enterradas profundamente entre tecidos e órgãos como o cérebro ou o fígado. Então, as tentativas de tratamento convencional nesses casos também significam uma ameaça à vida do paciente.

Mas os pesquisadores encontraram um medicamento já existente, a salinomicina - um antibiótico já usado para tratar infecções intestinais em gado e aves -, que conseguiu destruir as células-tronco cancerosas em ratos.

"Muitas terapias matam o grosso de um tumor, apenas para que ele volte a crescer", afirmou Eric Lander, diretor do Instituto Broad e autor da pesquisa publicada na revista especializada "Cell". "Esse (estudo) aumenta a perspectiva de novos tipos de terapias contra o câncer."

Dificuldades

A equipe de pesquisadores de Boston fez uma análise em ampla escala de milhares de compostos químicos, aplicando métodos automáticos para procurar pelos que tinham atividade contra células-tronco de câncer de mama.

Foram testados 16 mil compostos químicos. De um grupo de mais de 30 candidatos mais promissores, os pesquisadores identificaram a salinomicina, que apresentou uma potência surpreendente. A salinomicina matou não apenas as células-tronco cancerosas criadas em laboratório, mas também as naturais.

Comparada a um medicamento quimioterápico comum receitados para casos de câncer de mama, conhecida como paclitaxel, a salinomicina reduziu o número células-tronco cancerosas a um centésimo do original. E também diminuiu o crescimento de tumores de mama em ratos.

Os pesquisadores afirmam que a descoberta é um marco científico, mas acrescentam que ainda é muito cedo para saber se os pacientes de câncer vão se beneficiar com ela.

Ainda é necessária a realização de mais pesquisas para determinar exatamente como a salinomicina funciona para matar as células-tronco cancerosas e se tem o mesmo poder de reduzir tumores em humanos, um tipo de análise que pode levar vários anos.

G1

Presidente do instituto de pesquisas de células tronco fará abertura do fórum Bionorte

Chega em Montes Claros no dia 24, segunda-feira, a renomada pesquisadora brasileira doutora Lilian Piñero Marcolin Eça, presidente do Instituto de Pesquisas de Células-tronco – IPCTRON, acompanhada do vice-presidente, doutor Marcelo Paulo Vaccari Mazzetti. Ambos farão a abertura da maior discussão científica já realizada no Norte de Minas: o Fórum Bionorte – Montes Claros como palco da discussão científica nacional.


O evento é realizado pela Funorte/Soebras e tem como objetivo principal promover um grande debate científico entre profissionais da saúde sobre diversos temas em foco no Brasil e no mundo.


Em relação aos temas que serão discutidos, destacam-se: O transtorno autista, a Cirurgia Plástica, A realidade de uma pandemia pelo Vírus Influenza A H1N1 e os avanços nas Pesquisas com Células-Tronco adultas e embrionárias. Para falar um pouco deste último, entrevistamos a Dra. Lilian Piñero Marcolin Eça - Presidente do IPCTRON. (Palestrante confirmada para o Fórum).


QUEM É


Dra. Lilian Piñero Marcolin Eça – Biomédica, doutorada em Biologia Molecular pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Autora do livro: Biologia Molecular - Guia prático e didático.


Atualmente é presidente do Instituto de Pesquisas de Células-tronco – IPCTRON e secretaria geral e coordenadora científica da Associação de Engenharia de Tecidos – ABRATRON.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Unimed JP firma parceria para oferecer o congelamento de células-tronco do cordão umbilical

Os paraibanos poderão, em breve, congelar as células-tronco do cordão umbilical para eventual tratamento de doenças sem precisar sair do Estado. O procedimento só será possível graças a uma parceria entre a Unimed João Pessoa e o Criovida, primeiro Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário da América Latina a obter a certificação internacional ISO 9001.


A parceria será oficializada nesta segunda-feira (17) durante a palestra “A criopreservação de células-tronco hematopoiéticas do sangue do cordão umbilical”, que será realizada no auditório do Hospital Unimed JP, às 20h. As ministrantes serão a hematopatologista do Criovida, Patrícia Fisher da Cruz, e a bióloga Paula Alexandra da G. M. Rios, coordenadora do Banco. Elas explicarão os benefícios da terapia celular e o os cuidados que os profissionais devem ter durante o procedimento.


A palestra tem como público-alvo os pediatras e os ginecologistas e obstetras que são cooperados da Unimed JP. Os interessados em participar devem confirmar a presença pelo telefone 2106-0205. As vagas são limitadas.


COMO FUNCIONARÁ


Assim que for implantado o serviço, as mulheres poderão escolher se querem ou não congelar as células-tronco do cordão umbilical. Caso desejem, profissionais especializados farão a coleta durante o parto (normal ou cesariana). A coleta não interfere nos procedimentos normais do parto e não causa riscos para a mãe e nem para o recém-nascido.


O material será devidamente identificado e acondicionado em uma maleta térmica, com temperatura controlada. O kit será imediatamente encaminhado para armazenamento no Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, que fica em Belo Horizonte (MG).

CONTATO


O Criovida mantém um escritório de apoio em João Pessoa. Os telefones são 3224-3475, 9131-6846 e 9131-6881. Quem quiser entrar em contato com a sede, em Belo Horizonte, deve ligar para o telefone (31) 3228-6200 ou 0800-281-4141 (ligação gratuita).

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Hungria prende 4 por tratamento ilegal com célula-tronco

Quatro pessoas foram presas sob suspeita de realizarem tratamentos ilegais e não-testados com células-tronco numa clínica privada da Hungria, usando embriões e fetos abortados, disse nota divulgada na noite de terça-feira no site oficial da polícia local.


Os suspeitos -- dois húngaros, um norte-americano e um ucraniano -- foram detidos em 27 de julho quando se preparavam para tratar um novo paciente. A polícia disse que realizou a prisão devido a "suspeitas de uso proibido do corpo humano".


"Há suspeitas bem fundadas de que um cidadão dos EUA, chamado Julliy B., teria realizado tratamentos com células-tronco por dinheiro dentro de um laboratório húngaro de pesquisas com células-tronco e uma clínica privada de propriedade húngara, desde 2007", disse a polícia.


O suspeito ucraniano preparava as dosagens de células-tronco, e os pacientes em geral pagavam cerca de 25 mil dóloares por tratamento, segundo a nota.


(Reporagem de Krisztina Than)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

UFSC estuda células-tronco a partir de placenta e de cordão umbilical

Lixo em muitas maternidades brasileiras, cordões umbilicais e placentas são fundamentais em pesquisas na UFSC. Professores e estudantes do Laboratório de Neurobiologia e Hematologia Celular e Molecular estão buscando avançar o conhecimento no campo de células-tronco a partir da investigação destes materiais. Uma das vantagens é que o uso destes tecidos não acarreta problemas éticos e religiosos, como no caso das células-tronco embrionárias. As células-tronco têm capacidade de se transformar em diferentes tecidos e sobre elas estão depositadas esperanças para melhoria do tratamento do câncer, de doenças cardíacas e neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer.

Pesquisas recentes vêm mostrando que o sangue do cordão umbilical e da placenta possui células-tronco. Entretanto, não se sabe ainda como acontece a diferenciação destas "matrizes" em outras células. O laboratório da UFSC, ligado ao Departamento de Biologia Celular, Embriologia e Genética, do Centro de Ciências Biológicas, estuda a transformação de dois tipos específicos de células-tronco: as hematopoéticas e as mesenquimais. A equipe usa placenta e cordão umbilical dos partos realizados no Hospital Universitário.

As células-tronco hematopoéticas estão ligadas à geração dos diversos constituintes do sangue. Para tratamento de leucemias, tipo de câncer que compromete o desenvolvimento dos glóbulos brancos, por exemplo, é realizado o transplante de medula óssea, para substituição destas células. Atualmente já é possível utilizar o transplante com células-tronco hematopoéticas obtidas do cordão umbilical, mas estudos mostram uma baixa quantidade neste material para se pensar em sua utilização em um adulto. O maior potencial está na terapia em crianças. Por outro lado, por serem "imaturas" imunologicamente (estão em um estágio muito primário de desenvolvimento), as células-tronco hematopoéticas de cordão umbilical têm mais chances de serem bem aceitas pelo receptor – um dos maiores desafios em transplantes é a rejeição. Diante destes potenciais, a equipe da UFSC trabalha com a possibilidade de aumentar a quantidade de células-tronco no cordão umbilical, em um processo onde se busca sua amplificação in vitro. Neste caso o objetivo futuro é usar as células-tronco hematopoéticas como um medicamento, na chamada terapia celular.

Já as células-tronco mesenquimais são capazes de gerar tecido cardíaco e neural. A partir de sistemas in vitro, a equipe da UFSC estuda sua diferenciação em elementos do sistema nervoso. Em breve a pesquisa deve chegar a uma abordagem pré-clinica, com testes em animais. No caso das células mesenquimais, o grupo está desenvolvendo também experimentos em ovos de aves. Células-tronco de cordão umbilical e de placenta são injetadas nos vasos sanguíneos dos ovos e os pesquisadores observam sua capacidade de reconhecer pontos específicos. "Imagine que você quer tratar uma lesão no córtex, injeta as células-tronco e elas vão se alojar em outro local do cérebro", explica o professor Marcio Alvarez-Silva, coordenador dos estudos, exemplificando a importância desse tipo de avaliação.

Segundo ele, os estudos com células-tronco mesenquimais usando ovos de aves são pioneiros no Brasil e o mapeamento da trajetória envolve questões bastante complexas. "Se a célula reconhece o local para onde deve ir, pode haver uma interação cerebral/molecular", considera o professor. Nessa linha, o grupo trabalha também com o desenvolvimento de traçadores fluorescentes, para acompanhar o deslocamento da célula-tronco e o local em que vai se alojar. Estes estudos são importantes para determinar in vivo quais os possíveis pontos de interação das células em um organismo receptor, possibilitando sua previsibilidade.

Mas, ainda que apresentem potencial considerável para as pesquisas, as células-tronco obtidas a partir do cordão umbilical e da placenta ainda têm comportamento bastante desconhecido e existe o temor de que possam gerar tumores ao invés de reconstituir os tecidos. "Elas precisam ser muito bem caracterizadas dentro de uma visão da biossegurança", alerta o professor, satisfeito com a posição de estar em uma equipe que estuda situações inéditas do campo da medicina regenerativa.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

TRATAMENTO NEUTRALIZA DISTROFIA MUSCULAR

Experiência realizada em ratos Moléculas sintéticas bloqueiam a actividade de gene com defeito, neutralizando o RNA tóxico e permitindo aos doentes o normal relaxamento muscular.
Investigadores norte-americanos descobriram uma forma de bloquear um defeito genético que provoca a forma mais comum de distrofia muscular, segundo um estudo publicado na Science. A investigação, realizada em ratos, permitiu verificar que os animais que receberam um composto que neutraliza a actividade do gene portador daquela anomalia voltaram a usar os músculos afectados pela distrofia miotónica. Os autores recorreram a moléculas sintéticas para bloquear a actividade daquele gene específico, neutralizando o RNA tóxico e permitindo aos doentes o normal relaxamento muscular. Os resultados do estudo são, segundo os investigadores, bastante promissores e abrem novas perspectivas no tratamento da doença no homem

Especialistas chineses desenvolvem ratos com células da pele

Pesquisadores chineses conseguiram desenvolver células-tronco a partir da pele do rato e usá-las para gerar filhotes férteis.

Eles usaram células da pele de pluripotência induzida, ou células iPS - reprogramadas para parecerem e agirem como células-tronco embrionárias. As células-tronco embrionárias, retiradas de embriões com apenas alguns dias, têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula e, nos ratos, podem ser implantadas no útero de uma fêmea para criar filhotes de rato.

A experiência dos cientistas, publicada na Nature, indica que é teoricamente possível clonar alguém usando células comuns do tecido conjuntivo encontradas na pele de uma pessoa, mas os especialistas procuraram se afastar das polêmicas desse tipo.

"Estamos confiantes de que um bem tremendo poderá vir da demonstração da versatilidade das células reprogramadas nos ratos e de que essa pesquisa será usada para compreender as causas de doenças e levar a tratamentos viáveis e à cura de males humanos", disse Fanyi Zeng, do Instituto Xangai de Genética Médica da Shanghai Jiao Tong University.

"Não seria ético tentar usar as células iPS na reprodução humana. É importante para a ciência ter limites éticos", afirmou ela, acrescentando que o estudo "de forma nenhuma indicava um primeiro passo nessa direção".

Nunca ninguém clonou um ser humano e muitas experiências com células-tronco em ratos - mas não todas -- são repetidas em humanos.

Liderada por Qi Zhou no Laboratório de Biologia Reprodutiva State Key da Academia Chinesa de Ciências, a equipe desenvolveu células iPS usando fibroblastos de rato, que são as células encontradas no tecido conjuntivo da pele.

As células-tronco são as células-mestre do corpo, dando origem a todos os tecidos, órgãos e ao sangue. As células-tronco embrionárias são consideradas o tipo mais potente de células-tronco, pois têm o potencial de dar origem a qualquer tipo de tecido.

Mas a sua produção é difícil e requer o uso de um embrião ou de tecnologia de clonagem. Muitas pessoas se opõem ao uso de células-tronco embrionárias humanas e diversos países limitam o financiamento a tais experiências.

A partir das células da pele, os cientistas chineses criaram 37 linhagens de células-tronco e, a partir destas, três nascimentos.

"Uma linhagem é capaz de gerar ratos adequados e o que temos que está vivendo há mais tempo tem nove meses", disse Zeng à Reuters.

"Ele já gerou mais de 100 (ratos) da segunda geração e mais de 100 (ratos) da terceira geração. Isso demonstra como o sistema é fértil e forte."

A experiência chinesa provocou dúvidas e cautela entre outros pesquisadores de células-tronco não associados ao estudo.

"Esses pesquisadores demonstraram, pela primeira vez e de modo inequívoco, que as linhagens de iPS desenvolvidas por eles são verdadeiramente pluripotentes", escreveu Andrew Laslett, líder de grupo de Tecnologia de Célula-Tronco Embrionária Humana no Centro Australiano de Célula-Tronco em Melbourne, na Austrália.

Pluripotente é um termo que significa que as células podem dar origem a todos os tecidos do corpo.

"Entretanto, a estabilidade no longo prazo tanto das linhagens de células iPS e da saúde no longo prazo dos ratos gerados usando esse procedimento ainda têm de ser reportados. Será interessante observar se os ratos gerados dessa forma têm uma propensão maior para a formação de tumores", escreveu Laslett. (Fonte: Estadão Online)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Estudo com Células-tronco permitem reparar lesões do coração

Cientistas conseguiram pela primeira vez reparar lesões no coração causadas por uma crise cardíaca, através da utilização de células-tronco, segundo estudo publicado nesta segunda-feira na revista americana Circulation.


Pesquisas com ratos constituem uma primeira tentativa de utilização de células pluripotentes induzidas (conhecidas como células iPS, na sigla em inglês) para tratar enfermidades cardíacas.


O objetivo deste estudo é garantir, para algum dia, a utilização de células-tronco de um paciente para reparar o próprio coração, em vez de se recorrer a transplantes, uma intervenção de risco e complicada pela escassez de doadores de órgãos e pelos perigos de rejeição a um órgão estranho.


As iPS adultas, que servem para a renovação de tecidos e são capazes de produzir diferentes tipos de células humanas, representam uma alternativa promissora às células-tronco embrionárias por não apresentarem os problemas éticos destas últimas, que exigem a destruição do embrião.


"Poderíamos ser capazes de modificar células adultas e fabricar 'a pedidos' um tratamento regenerativo cardiovascular", assegura o autor dos estudos, Andre Terzic, da Clínica Mayo de Rochester (Minnesota, norte).


O cientista e sua equipe reprogramaram células geneticamente de modo a convertê-las em células-tronco capazes de se desenvolverem no músculo cardíaco.


Em seguida, foram transplantadas para o coração lesionado de ratos; em quatro semanas, a equipe comprovou que as células conseguiram paralisar o aumento de danos estruturais provocados pela crise cardíaca, além de restabelecer a capacidade do músculo cardíaco e regenerar os tecidos danificados.


Cientistas americanos e japonenes conseguiram, em 2007, transformar células da pele humana em células iPS, inaugurando um acesso potencialmente ilimitado à substituição de tecidos e órgãos destruídos. Até agora, não foram autorizadas os testes dessas terapias em humanos.


Fonte: Ultimo Segundo

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Bahia terá centro especializado em células-tronco

Será inaugurado nesta sexta-feira (17/7) o Centro de Biotecnologia e Terapia Celular (CBTC), único das regiões Norte e Nordeste do Brasil credenciado pelo Ministério da Saúde para pesquisas com células-tronco. A iniciativa é resultado de um convênio entre o Hospital São Rafael (HSR) e a Fiocruz. O CBTC deverá impulsionar as pesquisas com células-tronco em doenças hepáticas, cardíacas, neurológicas e renais.


O Centro também atuará na produção de células-tronco induzidas, ou seja, células-troncos produzidas a partir de tecido da pele, por exemplo, mas que se comportam como células-tronco embrionárias. O investimento em infraestrutura e equipamentos foi de US$ 10 milhões. Estarão presentes ao evento de inauguração o ministro da Saúde, José Gomes, Temporão, o presidente da Fundação, Paulo Gadelha e o diretor do Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz (Fiocruz Bahia), Mitermayer Galvão dos Reis.

Menina brasileira faz tratamentos com células-tronco na China

A menina Clara Pereira, de um ano e nove meses de idade, recebeu uma série de seis injeções com células-tronco como tratamento para a paralisia cerebral que possui desde o nascimento. A família de Clara, uma das primeiras crianças brasileiras com essa condição a se tratar na China, optou pelo tratamento na China após não encontrar terapia semelhante no Brasil.
A paralisia cerebral de Clara foi causada pela falta de oxigenação das células cerebrais durante o nascimento.


Embora tenha uma inteligência normal, ela perdeu boa parte dos seus neurônios responsáveis pela coordenação motora, por isso não caminha, engole ou fala. No caso de Clara, os médicos esperam que as células-tronco criem novos neurônios na área afetada do cérebro, para que a menina possa desenvolver habilidades motoras.



De acordo com o pediatra Carlos Alexandre Ayoub, do Centro de Criogenia Brasil, a cada dia surgem novas técnicas e aplicações para as células-tronco. "As propriedades das células-tronco são importantes também para doenças raras que necessitem de regeneração", afirma.


Contudo, o médico é enfático na necessidade da pesquisa para qualquer uso de células-tronco, antes do início de tratamentos em humanos. "Não concordamos com tratamentos sem base científica e sem comprovação ética de resultados", afirma Ayoub.


Hoje, mais de 300 doenças estão em fase final de testes, com resultados positivos e surpreendentes. No futuro espera-se reconstituir órgãos inteiros com células-tronco, não dependendo mais de transplante. "É por isso que cada vez mais casais buscam coletar e armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus bebês", explica o médico Carlos Ayoub.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Cientistas testam terapias com células-tronco para rejuvenescer o rosto e reconstruir os seios

Experiências vêm mostrando bons resultados


A aplicação de terapia com células-tronco adultas, encontradas em várias partes do corpo, promete transformar a dermatologia e a cirurgia plástica. Médicos e biólogos no Brasil e no exterior têm conseguido em experiências bons resultados na correção de rugas, queimaduras, cicatrizes, calvície e até na reconstrução de órgãos, como mamas e ossos.


Porém, eles afirmam que é cedo para garantir que esses novos tratamentos serão eficazes e seguros, e alertam para os perigos de falsas promessas, como "cremes rejuvenescedores à base de células-tronco" à venda no Brasil. Isso não existe, advertem os especialistas. Há melhora do aspecto da pele, mas a técnica é experimental. As células-tronco adultas podem ser obtidas de tecido adiposo (gordura), geralmente lipoaspirado e descartado.


Já se sabe que células-tronco do cordão umbilical, sob determinadas condições in vitro, podem originar células da pele humana. No I Simpósio Nacional de Terapia Celular e Engenharia Tecidual da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), realizado no início de julho em São Paulo, médicos e cientistas discutiram esse tema e os principais avanços na área. Por exemplo, já existem pesquisas com células-tronco mesenquimais - de distribuição em volta dos vasos e com capacidade ampla de diferenciação - para atenuar o envelhecimento cutâneo. Essas células são preparadas em laboratório e injetadas nas rugas.


– Há melhora do aspecto da pele, mas a técnica é experimental. As células-tronco adultas podem ser obtidas de tecido adiposo (gordura), geralmente lipoaspirado e descartado – diz a médica Neide Kalil Gaspar, professora titular da Universidade Federal Fluminense (UFF).

sábado, 11 de julho de 2009

Papa e Obama discutem ética no capitalismo, aborto e células-tronco

O encontro entre duas das maiores figuras deste início de século, o papa Bento 16 e Barack Obama, foi, como tinha de ser, uma oportunidade para salientar as diversas concordâncias entre ambos, especialmente na vontade de um mundo mais justo e pacífico, deixando de lado outras diferenças importantes em termos de doutrina moral.


Esta não era uma visita qualquer para Obama. A prova é que pela primeira vez desde que se tornou presidente chegou a um encontro na hora exata, nem um minuto depois. Sabia que teria pela frente talvez o único homem que pode lhe fazer sombra hoje quanto à universalidade, influência e número de seguidores.


O papa e o presidente dos EUA conversaram sozinhos durante cerca de meia hora na biblioteca do Vaticano, onde no final uniu-se a eles a primeira-dama americana, Michelle Obama. O papa perguntou a seu convidado sobre os resultados da reunião do G8 (a cúpula dos países mais ricos do mundo), ao que Obama respondeu que foi "muito produtiva". Diante do ruído incessante das câmeras fotográficas, o papa comentou ao presidente que ainda não se acostumou a ser fotografado.


Apesar de protestante, Obama sabe da importância da Igreja Católica, que o subvencionou e ajudou consideravelmente durante sua fase de ativista social em Chicago. Também conhece suas normas de fé, que aprendeu quando menino em uma escola católica na Indonésia.


E agora também conhece o poder de convicção de Bento 16, com quem havia falado antes por telefone, mas ao qual vê pela primeira vez. A agenda da reunião incluía muitos dos temas que Obama tinha tratado pouco antes em L'Aquila: a luta contra a fome, a deterioração do meio ambiente, o perigo da proliferação nuclear e outras ameaças para a paz mundial, especialmente no Oriente Médio.

"Há assuntos nos quais estão de acordo, outros em que discordam e outros em que concordam em continuar trabalhando", explicou o vice-assessor nacional de Segurança da Casa Branca, Denis McDonough.

Se na verdade houve desacordos, ficaram muito bem dissimulados por um ambiente de grande cordialidade. Embora se pudesse crer que o papa, um conservador em matéria de doutrina, se sentisse mais à vontade com George Bush, a verdade é que possivelmente se criou uma relação muito mais cálida e produtiva com Obama, tão famoso dentro dos muros do Vaticano quanto fora.

A mensagem de Obama frequentemente tem um tom de espiritualidade e transcendência que coincide bastante com a dessa instituição. Embora não seja um fanático religioso, na biografia do presidente americano se sente a influência de sua fé, que ele viveu tanto da perspectiva social como pessoal. É um homem que se liga à tradição religiosa de sua sociedade, mas também defende o caráter laico de sua legislação, e que pronunciou discursos memoráveis sobre o fato religioso, incluindo um na Universidade de Notre-Dame, um símbolo do poder católico nos EUA. Para decepção da esquerda de seu partido, Obama não eliminou, por exemplo, as ajudas oficiais que Bush aprovou para organizações religiosas com fins sociais.

Obama também está promovendo alguns dos projetos que melhor cabem na agenda do Vaticano: a paz entre israelenses e palestinos, o desarmamento, a multilateralidade das relações internacionais e, em prazo mais curto, a reforma do sistema financeiro.

Precisamente à humanização do capitalismo se referiu a última encíclica de Bento 16, que na sexta-feira a deu de presente a Obama. Um texto sobre a necessidade, compartilhada pelo presidente, de impor maiores controles à atividade financeira para evitar a ganância e desastres como o que ainda afeta a economia internacional.

Mas há obviamente outros assuntos em que a relação entre esses homens inteligentes e pragmáticos será mais difícil, o que tem a ver com as responsabilidades dos governos nas questões que a Igreja considera de moral pessoal, como o aborto ou a pesquisa com células-tronco embrionárias.

Obama é partidário de proteger legalmente ambos os direitos. O papa, pelo contrário, os considera um atentado à dignidade do ser humano. Mas também nisto fizeram ontem uma aproximação.

"O presidente se refere frequentemente à crença fundamental de que cada pessoa é dotada de dignidade, que a dignidade das pessoas é uma força condutora para cumprir, por exemplo, uma política de desenvolvimento ou uma política externa", comentou McDonough.


Fonte: UOL

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Obama encontra Bento XVI

SÃO PAULO - A Casa Branca espera uma "franca" e construtiva conversa entre o presidente americano, Barack Obama, e o papa Bento XVI nesta sexta-feira, 10, no Vaticano, segundo afirmaram funcionários americanos. Ambos compartilham visões sobre questões como a ajuda aos mais pobres e a paz no Oriente Médio, mas possuem diferenças nas suas posições sobre o aborto e as pesquisas com células tronco.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Cientistas criam espermatozoides a partir de células-tronco embrionárias

Pesquisa britânica pode ajudar nos problemas de infertilidade masculina


Cientistas da Universidade de Newcastle e do Instituto de Células-Tronco do Nordeste da Inglaterra produziram espermatozoides a partir de células-tronco embrionárias, que tem capacidade de se transformar em qualquer tecido do organismo humano. Se não fosse por questões éticas e barreiras tecnológicas ainda existentes, poderiam ter criado um embrião que nem chegou a nascer e mesmo assim foi pai.


Na pesquisa, células-tronco de embriões em estágio inicial que eram geneticamente XY (do sexo masculino) receberam substâncias que conduziram seu desenvolvimento até a meiose —a divisão do material genético pela metade, típica das células sexuais — e a transformação em espermatozoides totalmente maduros.


Não foi possível realizar o mesmo feito com células obtidas de embriões XX, pertencentes ao sexo feminino.O resultado da experiência, coordenada por Karim Nayernia, foi publicado na na revista científica Stem Cells and Development.


A equipe ressalta que a ideia não é usar esses espermatozoides para fertilizar ninguém, mas estudá-los como um modelo para entender os atuais problemas de infertilidade masculina e, quem sabe, encontrar uma solução para eles no futuro.


Outra utilidade da pesquisa é ajudar homens que um dia já produziram espermatozoides viáveis, mas perderam essa capacidade por danos como os causados por, exemplo, radioterapia ou quimioterapia durante a luta contra o câncer.


As informações são do site G1.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Brasil ganha laboratório de criopreservação

Com investimentos de US$ 1 milhão, o BCU se expande e chega ao Brasil com foco em gestantes e médicos obstetras


Com a certeza de que a capital paulista é o maior mercado e um grande centro, o diretor médico Alexandre Trevisan, junto com os seus quatro sócios, investiu US$ 1 milhão na implantação do laboratório de criopreservação no país, o BCU. Com a função de armazenar células-tronco do cordão umbilical, o banco já está atendendo todos os estados brasileiros, com escritórios regionais.


"O BCU iniciou no estado de Washington (EUA), invadiu Miami, México, Panamá e agora expandimos para o Brasil. Nossa ideia é que o projeto de expansão continue. No início de 2010 devemos chegar até o Paraguai e Uruguai", comenta o executivo.


De acordo com ele, cada região demanda um valor diferente de investimento, no Rio de Janeiro, por exemplo, o projeto está avaliado em R$ 130 mil. Após consolidar todo o projeto, Trevisan prevê a atualização no laboratório, aumentando a tecnologia para desenvolver outros serviços, como a célula-tronco da gordura. "Estamos trocando experiência com nossa matriz no México e Miami. Algumas coisas já passamos a desenvolver até mesmo primeiro do que eles, por exemplo este caso da gordura", explica.


Com foco principal na gestante e no médico obstetra, a iniciativa de contato parte do BCU. "Contatamos profissional médico e ela nos indica a paciente, mas é claro que por meio da mídia somos procurados por algumas pessoas interessadas", conclui.


Atualmente, as células-tronco já são utilizadas com sucesso no tratamento de mais de 50 tipos de cânceres, deficiências imunológicas e doenças genéticas. No mais, outros 200 tipos de doença estão em processo de pesquisa em todo o mundo.

USP usa células-tronco adultas contra doença que pode causar cegueira

Uma equipe médica ligada à USP de Ribeirão Preto está iniciando um tratamento experimental contra a retinose pigmentar, doença que pode levar seus portadores à cegueira total. Três pacientes já foram tratados e mais dois devem se submeter ao novo protocolo em breve. A ideia é usar células-tronco retiradas da medula óssea dos próprios pacientes para estimular a retina deles a recuperar sua função, ao menos parcialmente.


“Estudos com animais como camundongos e coelhos mostraram que essa recuperação parcial pode acontecer, e é nisso que estamos apostando”, declarou ao G1 o oftalmologista Rubens Siqueira, professor da Faculdade de Medicina de Catanduva (interior paulista) e um dos colaboradores da equipe da USP. Siqueira e seus colegas Rodrigo Jorge e André Messias trabalham junto com Júlio Voltarelli, pesquisador da USP que já conseguiu sucessos expressivos, embora ainda preliminares, no uso de células-tronco para tratar diabetes tipo 1 e esclerose múltipla.


A primeira vantagem de usar células tiradas da medula óssea do próprio paciente para transplante é que, claro, não existe risco de rejeição. A segunda, paradoxalmente, tem a ver com o fato de que essas células-tronco adultas, ao contrário de suas contrapartes embrionárias, muito provavelmente não vão produzir novas células da retina, mas apenas dar uma mãozinha às que já existem.


Menos poder, mais segurança


“Elas não têm todo o poder das embrionárias, mas também não correm o risco de gerar um tumor ou um tecido que não tem nada a ver com o tecido ocular”, diz Siqueira. “São mais fáceis de controlar. Esperamos que elas produzam fatores angiogênicos [que ajudam na formação de vasos sanguíneos] e neurotróficos [ligados ao crescimento dos neurônios e outras células do sistema nervoso]“, afirma ele.


Com isso, as células-tronco da medula funcionariam como uma “equipe de resgate” das células da retina que estão perdendo a função e morrendo por causa da retinose pigmentar. De origem genética, ligada a mutações em mais de cem genes diferentes, a moléstia pode atacar desde crianças a pessoas que passaram dos 50 anos. O paciente vai ficando com a visão cada vez mais limitada, por conta das células receptoras de luz da retina que se desativam ou passam por apoptose ou morte celular programada, uma espécie de autodestruição. “Nossa esperança é atingir a população de células que não está ativa, mas ainda não morreu”, afirma o especialista.


Por causa do número pequeno de pacientes, o teste inicial vai levar em conta apenas a segurança da técnica, e não sua eficácia. Mesmo assim, os pesquisadores vão medir melhoras na capacidade visual dos doentes, que estão na casa dos 20 anos aos 40 anos. Uma maneira objetiva de fazer isso é avaliar o potencial elétrico da retina, indicando se as células nervosas estão respondendo ao estímulo da luz.

Fonte: O Verbo

Novas regras para células-tronco facilitam pesquisa nos EUA

O governo dos Estados Unidos divulgou nesta segunda-feira novas regras para as pesquisas com células-troco de embriões humanos financiadas por recursos federais. Houve um afrouxamento de algumas exigências éticas, que, segundo cientistas, poderiam custar uma década de trabalho.


As regras, que começam a vigorar na terça-feira, mantêm muitas das atuais restrições às pesquisas. Os fundos federais ainda não podem ser usados para criar células com o uso de embriões humanos, somente para trabalhar com células feitas por outras iniciativas.


Contudo, o Instituto Nacional de Saúde, que divulgou as regras, facilitou algumas das medidas das diretrizes iniciais de março, incluindo o chamado "consentimento informado", exigência que visa assegurar que as pessoas que doam embriões para pesquisa saibam exatamente para que eles serão usados.


"Nós permitimos uma revisão caso a caso", afirmou o diretor temporário do instituto de saúde, Raynard Kington.


Em março, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, suspendeu restrições para pesquisas com células-tronco de embriões humanos que haviam sido determinadas pelo seu antecessor, George W. Bush, e pediu para o instituto elaborar novos padrões.


As ações das empresas que trabalham com células-tronco não variaram muito com a notícia das novas regras, em parte porque as mudanças afetam diretamente pesquisadores acadêmicos, muito dependentes do financiamento federal.


As células-tronco embrionárias têm o poder de gerar todas as células e tecidos do corpo humano e assim, segundo especula-se, transformar a medicina.


Os opositores das pesquisas afirmam que é errado, seja qual for a razão, destruir embriões humanos.


Fonte: UOL

domingo, 5 de julho de 2009

Técnica usa células-tronco para tratar artrose no PR

Uma nova técnica usa células-troco para curar artrose. A doença é uma das que mais causa afastamentos no trabalho e aposentadorias no Brasil. Mais informações em UOL Ciência e Saúde http://cienciaesaude.uol.com.br/

Confiram o vídeo : http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2009/06/25/0402316CC8895346.jhtm?tecnica-usa-celulastronco-para-tratar-artrose-no-pr-0402316CC8895346

Como guardar células-tronco do cordão umbilical? - Bom Dia Brasil

Quando Bruno estava para nascer, há quase cinco anos, Márcia Amaral soube pela médica que poderia guardar as células-tronco do cordão umbilical do filho.

“Conversando com a minha obstetra, comecei a dar uma olhada em alguns panfletos e tomei essa decisão”, conta a mãe de Bruno, Márcia Amaral.

A técnica consiste em coletar o sangue do cordão umbilical no momento em que nasce o bebê. A coleta e o processamento ficam em torno de R$ 4 mil. A manutenção das células congeladas em tanques especiais, pouco menos de R$ 700 ao ano. Para o pai de Bruno, Edson Sudré, a coisa funciona como um seguro de vida.

“Estamos comprando para não usar no futuro, mas se for necessário, gostaríamos de fazer uso dele”, comenta o pai de Bruno, Edson Sudré.

Hoje no Brasil algo em trono de 25 mil pessoas têm as células-tronco do cordão umbilical congeladas e armazenadas em tanques a -196ºC. As células-tronco do cordão umbilical - como as da medula óssea - têm capacidade de se reproduzir e podem se transformar em células de outros tecidos e órgãos.

Hoje são usadas no tratamento de alguns tipos de doenças do sangue como as leucemias e, de forma experimental, para tratar de algumas doenças do coração. O uso futuro por enquanto ainda é uma aposta.

“As células-tronco serão a solução para muitas doenças degenerativas, doenças da velhice, reposição de órgãos, como a gente tem visto recentemente, com extremo sucesso, então, é o futuro”, defende a chefe de pesquisa do laboratório Maria Helena Nicola.

Mas os cientistas divergem quanto à guarda de células-tronco do cordão em bancos particulares e para uso próprio.

“A ciência tem mostrado que congelar o sangue do cordão para o próprio uso não é indicado. Na realidade, é um comércio. Eu acho que tem que tomar muito cuidado para diferenciar muito bem o que é ciência do que é comércio. O que a gente defende é que se façam bancos públicos. Se você tiver de 10 mil amostras para cima em um banco público, ele vai funcionar como um banco de sangue. No momento que alguém precisar, se tiver um número grande de amostras, vai acabar achando uma amostra compatível. Não vai ter aquele desespero que você tem, às vezes como no caso de uma leucemia, que tem que arrumar alguém compatível na família, não acha, então, é extremamente importante que se façam bancos públicos, mas não que se guarde em banco particular”, defende a geneticista Mayana Zatz.

Fonte: Bom Dia Brasil

Cientistas criam técnica para "limpar" células-tronco

Cientistas de Cingapura desenvolveram uma estratégia para "limpar" células-tronco embrionárias, que no futuro podem ser usadas para substituir tecidos e órgãos danificados.

Células-tronco são uma espécie de "manual de instruções" do organismo, pois podem se "diferenciar" (transformar) em qualquer tipo de célula, para posterior transplante.

Mas alguns estudos mostram que células-tronco residuais que não se diferenciam podem posteriormente virar cancerígenas.

Os cientistas de Cingapura relataram em artigo na revista Stem Cells a criação de anticorpos que conseguiram matar essas células-tronco residuais em ratos.

"Embora as células-tronco embrionárias humanas sejam uma fonte muito poderosa para a produção de células diferenciadas, como células cardíacas, o problema é que se pode ter células residuais, e há uma preocupação de segurança porque podem formar uma massa de células tumorais", explicou Andre Choo, do Instituto de Tecnologia do Bioprocessamento, de Cingapura.

"Assim, se você entregar um produto que seja 95 por cento células cardíacas e 5 por cento células-tronco embrionárias, pode haver um problema posteriormente."

Os pesquisadores conseguiram criar os anticorpos em ratos depois de injetar células-tronco embrionárias humanas nos animais.

Os anticorpos foram então colhidos e acrescentados à cultura de células-tronco embrionárias que havia acabado de se diferenciar no laboratório.

"[O anticorpo] eliminou especificamente as células indiferenciadas em 30 minutos, mas deixou as células diferenciadas intocadas," escreveram os pesquisadores.

A mistura foi posteriormente injetada em um grupo de ratos, enquanto outro grupo recebeu as células-tronco não-tratadas.


Após 6 a 8 semanas, os pesquisadores detectaram tumores no segundo grupo de ratos. Já o primeiro grupo continuava livre do câncer 20 semanas depois.

"Fizemos anticorpos que podem matar [as células-tronco não-diferenciadas]. Ele age como uma limpeza para a remoção de qualquer dessas células ruins ou potencialmente problemáticas", disse Choo.


Fonte: Vitrine Digital

Células tronco viram arte em exposição.

Células-tronco viram tema de exposição na cidade espanhola de Barcelona.
Mais de 50 fotografias, resultados de trabalhos de laboratório de vários processos celulares ganham status de arte.

http://tvig.ig.com.br/132795/celulas-tronco-viram-arte-em-exposicao.htm

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Cosméticos com células–tronco da maçã ajudam a proteger pele

No 4º Congresso Internacional de Farmácia & Cosméticos, que acontece nos dias 08 e 11 de julho, em São Paulo, produtos à base de células–tronco da maçã, com alto poder antienvelhecimento deverão estar voga.

A criação é da empresa suíça Mibelle Biochemistry, marca que desenvolveu uma nova tecnologia capaz de promover o cultivo de células de espécies raras, como as células-tronco obtidas de uma maçã suíça rara que possui um potente ativo rejuvenescedor. O lançamento foi considerado o mais inovador na área de cosméticos, segundo o prêmio “Innovation Prize 2008”, realizado em Amsterdam.

De acordo com Maurício Pupo, professor de Cosmetologia e consultor em desenvolvimento cosmético, essa espécie de maçã, chamada Uttwiler Spätlauber, é rica em fitonutrientes, substâncias encontradas naturalmente nas plantas que fazem bem para a saúde.

Especial pele Especial Alimentos funcionais

“Ela contém um ativo que combate o envelhecimento a partir do uso de células-troncos de origem vegetal, capazes de proteger e estimula as células da nossa pele e prevenir o envelhecimento cutâneo crônico”, afirma. “É ideal para ser incorporado em produtos para rejuvenescimento facial e corporal e formulações inovadoras para proteger contra os raios ultravioletas, rugas, pés de galinha, entre outros”, diz Maurício.

Segundo o especialista, empresas de cosméticos de todo mundo já deram início a produção de produtos com peptídeos e enzimas especializadas ou células-tronco derivadas de plantas, sobretudo, de frutas que, quando aplicadas topicamente, ajudam a proteger as células-tronco da pele humana contra os danos e a deterioração, além de estimulá-las.

“De fato, existe um trabalho crescente na busca de produtos para os cuidados com a pele que criam proteínas, carboidratos e lipídios a fim de reparar linhas finas, rugas, restaurar e manter a firmeza e elasticidade cutânea. Agora, os consumidores brasileiros de cosméticos poderão ter acesso a essa mais nova inovação do setor”, comenta o consultor em desenvolvimento de cosmético.

Fonte: Abril.com

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Célula-tronco reduz mortalidade em vítima de infarto

O transplante de células-tronco após infarto melhora a função cardíaca e diminui a mortalidade a longo prazo, mostra o primeiro estudo desse tipo a acompanhar os pacientes por um período extenso.O trabalho, publicado na última edição do "Journal of the American College of Cardiology", foi conduzido por um grupo pioneiro de pesquisadores da Universidade de Düsseldorf, na Alemanha.


Os cientistas acompanharam 124 pacientes durante cinco anos. Todos haviam sofrido um infarto e tinham sido submetidos a angioplastia (implantação de stents para desobstruir vasos). Os voluntários puderam escolher se queriam ou não receber também um transplante de células da medula óssea.


Metade dos pacientes não quiseram passar pelo tratamento e foram considerados o grupo controle.O transplante, feito com células do próprio paciente, foi realizado sete dias após o infarto, em média.


Os resultados após cinco anos mostram que a função cardíaca melhorou de 51,6% para 56,9% nos que receberam as células. Nos demais pacientes, ao contrário, a função caiu para 46,9%. No grupo transplantado, houve apenas uma morte, contra sete entre os demais pacientes.Segundo os pesquisadores, também foi possível notar que a melhora na qualidade de vida dos voluntários que receberam as células se manteve durante os cinco anos do estudo.Marco na pesquisa"Sem dúvida é um marco", diz o cardiologista Luis Henrique Gowdak, coordenador clínico dos estudos de terapia celular do Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do InCor (Instituto do Coração).


"Os resultados permitem dizer que essa terapia é promissora, embora não sejam dados definitivos", ressalva ele."Até agora, não tínhamos dados desse tipo", diz José Eduardo Krieger, diretor do Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do InCor.


As pesquisas com células-tronco em pacientes infartados vêm sendo feitas há quase uma década e somam quase mil pacientes.


Mas esse estudo alemão tem o mérito de mostrar eficiência e segurança ao longo do tempo, já que o artigo não relata nenhum efeito adverso.Outros estudos tinham testado -sem sucesso- o transplante dois ou três dias após o infarto ou duas semanas depois. Como as células-tronco sofrem influência das demais, acredita-se que, nos primeiros dias, substâncias inflamatórias presentes no infarto comprometam os resultados.


Depois de duas semanas, haveria excesso de substâncias envolvidas na cicatrização.O que os especialistas ainda não sabem é como as células-tronco agem para promover os benefícios encontrados.


Não é possível afirmar que houve regeneração do músculo cardíaco. "Dificilmente elas se transformam em células cardíacas", diz o cardiologista Marcelo Sampaio, chefe do Laboratório do Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese.Modificações no coraçãoMas, mesmo sem formar miocárdio (músculo cardíaco), elas devem promover modificações no coração capazes de melhorar sua função. Uma das suspeitas é que elas consigam impedir que mais células do coração morram, atuando numa região chamada de zona de penumbra.



Essa é uma área afetada pelo infarto, com células que estão em sofrimento, mas que ainda não morreram. "É possível que as células-tronco formem microvasos lá", acredita Marcelo Sampaio.Os voluntários tinham, em média, 51 anos e 90% deles eram homens. Apenas 6% eram diabéticos. "Não sabemos se o benefício encontrado vale para uma mulher diabética de 70 anos", exemplifica Gowdak. "É o melhor resultado que temos até agora, mas ainda há muitas caixas-pretas a serem resolvidas", diz Krieger.




Fonte: UOL

Descoberta de pesquisadores brasileiros pode acelerar estudos com células-tronco

Uma cientista brasileira realizou uma descoberta que vai acelerar as pesquisas com células-tronco, aquelas que podem se transformar em qualquer tecido humano.



A descoberta, que ocorreu por acaso, teve início quando cientistas da USP usavam células do aparelho reprodutivo feminino em pesquisas. — A gente viu que elas se dividiam muito rapidamente e, com outros, estudos a gente percebeu que elas tinham um perfil que a gente chama de perfil de células tronco adultas — disse Tatiana Jazedje, pesquisadora da USP. —



Todas tinham o que a gente chama de perfil, uma carinha de célula tronco, e aí vi que em todas as linhagens que testei essas células se diferenciaram em músculo, osso, cartilagem e gordura — explicou.


Os testes confirmaram. O que era lixo hospitalar, ou servia no máximo como apoio para as pesquisas, é o que deve ser estudado daqui para frente.


No laboratório do Centro de Genoma Humano da USP, as células-tronco das trompas agora são a nova atração. — Elas crescem aderidas nas garrafas, então elas têm esse formato. Há algumas redondinhas.


São as células que estão se dividindo — disse. Todas se reproduziram com 100% de aproveitamento, muito mais do que ocorre com as células-tronco embrionárias.


Outro ponto a favor da descoberta é que, ao contrário das células-tronco embrionárias, o uso das células das trompas não gera discussões, nem problemas éticos.


Para os cientistas, só isso já facilita e muito as próximas pesquisas.



Fonte: Zero Hora

Brasileiros conseguem obter células-tronco a partir de trompas de Falópio

Pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP e de mais duas instituições de São Paulo conseguiram obter células-tronco adultas a partir das trompas de Falópio, ou tubas uterinas - o canal que conduz os óvulos para o útero após a fecundação. O estudo aponta mais uma possível fonte para essas células, que já apresentaram resultados animadores no tratamento experimental de uma série de doenças no Brasil.



Os pesquisadores explicam a lógica de tentar achar células-tronco (capazes de assumir a função de vários tecidos e, portanto, com potencial para regenerar órgãos) nos restos dessas operações. Assim como o útero, as trompas de Falópio passam por mudanças constantes, ligadas ao ciclo reprodutivo das mulheres, de forma a manter a viabilidade dos óvulos e dos espermatozoides e facilitar o surgimento de um novo bebê.



Isso exige uma regeneração constante das células no local, o que poderia indicar a presença de células-tronco, cuja principal característica é justamente a capacidade de se autorrenovar, junto com a habilidade de se transformar em outros tipos celulares.



Na mosca


A extração e purificação de células das amostras revelaram que essa dica estava absolutamente correta. De fato, as trompas abrigam uma população das chamadas células-tronco adultas mesenquimais, obtidas antes em regiões do corpo como a medula óssea, o cordão umbilical, a polpa dentária e outros.



Pelo que se sabe até agora, tais células não são tão potentes quanto as células-tronco embrionárias, as quais podem se transformar em quase qualquer tecido. Mas, mesmo com sua atuação mais limitada, elas podem ser bastante úteis. A equipe da USP conseguiu "transformar" as células-tronco adultas mesenquimais das trompas em células de osso, músculo, cartilagem e gordura.



Os pesquisadores argumentam que as células-tronco das trompas podem ser mais uma fonte alternativa para a terapia celular, transformando-as em ferramentas para reconstruir ossos, músculos e cartilagens com lesões, por exemplo.


Fonte: Gazeta do Povo

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Al Gore vai investir de US$ 20 milhões em células-tronco

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore anunciou nesta terça-feira um investimento de US$ 20 milhões na pesquisa de células-tronco em parceria com uma empresa de biotecnologia americana. A iniciativa focará os estudos na produção das células-tronco pluripotentes induzidas (iPS, em inglês) - com capacidade para formar vários tipos de tecido. O setor é considerado quente para investimentos e tem atraído o interesse de diversos pesquisadores e empresas biotecnológicas. As células-tronco pluripotentes são desenvolvidas a partir da introdução de quatro genes em células normais da pele, com o objetivo de oferecer novos caminhos para tratamento médicos de regeneração.´Acho que é um atalho muito importante que se preenche de promessa e esperança´, afirmou Gore. ´Penso que esta é uma daquelas notícias que só chegam de vez em quando´, avaliou o ex-vice-presidente. O financiamento será feito pela empresa de capital de risco Kleiner Perkins Caufield and Byers. A parceira de Al Gore, a companhia tecnológica Inc. Izumi Bio de Mountain View, sediada na Califórnia, vai colaborar com o estudo da pesquisadora Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto. Em 2006, a japonesa demonstrou que tecidos adultos do organismo poderiam ser transformados em células indiferenciadas com características semelhantes às das células-tronco embrionárias em laboratório.(Redação - Agência JB Online)