quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mamães famosas decidem armazenar células-tronco do cordão umbilical

Cada vez mais casais buscam coletar e armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus bebês. É um seguro para o tratamento de várias doenças em qualquer momento da vida. Seguindo essa tendência e preocupadas com o futuro de seus bebês, Monica Martelli e Negra Li, escolheram o Centro de Criogenia Brasil para coletar as células-tronco do cordão umbilical das pequenas Julia e Sofia, respectivamente.




A procura pela coleta e armazenamento das células-tronco do cordão umbilical cresce anualmente, com a difusão da importância e dos benefícios. Além de serem 100% compatíveis com o bebê e terem alta compatibilidade com os pais e irmãos, as células-tronco coletadas no nascimento podem ser criopreservadas indefinidamente, em Nitrogênio líquido, a -196º C e o procedimento é totalmente não invasivo.



Serviço:


Centro de Criogenia Brasil

Av. Brasil, 332 – Jardim América

São Paulo – SP

Tel. (11) 3057.0510

Central de Atendimento: 0800 770 11 12

Fonte: Portal Sempre Materna

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Reprogramadas, células de pele fabricam insulina

Cientistas americanos conseguiram pela primeira vez reprogramar células da pele de pacientes com diabetes tipo 1 e convencê-las a produzir insulina. O experimento põe no horizonte a possibilidade de terapia futura contra a doença. Mas o que mais interessa aos pesquisadores é que agora eles poderão, finalmente, entender como o diabetes se origina.




O feito foi obtido por uma equipe liderada por Douglas Melton, do Instituto de Células-Tronco de Harvard, EUA. O grupo usou as chamadas células iPS, as células-tronco "éticas", cuja produção não demanda a destruição de embriões humanos.



Melton e seus colegas extraíram células da pele de dois diabéticos e converteram-nas em células-tronco com a ajuda de três genes. As células resultantes, por sua vez, foram convertidas em células beta, do pâncreas.



Estas células, que secretam insulina, são atacadas e destruídas pelo sistema imunológico dos portadores do diabetes tipo 1. Ninguém sabe como nem por que isso acontece. O diabetes 1, também chamado de diabetes juvenil, é uma doença na qual múltiplos genes estão envolvidos, e as condições ambientais que disparam a doença num portador desses genes não são conhecidas.



"As células iPS são o melhor ponto de partida, porque elas são derivadas de células do paciente e, portanto, capturam o genótipo da doença numa célula-tronco", escreveram os pesquisadores. Um artigo que apresenta os resultados do experimento foi publicado hoje no periódico "PNAS".



A eficiência da conversão de células iPS em células beta foi baixa, razão pela qual os pesquisadores ainda não estão muito otimistas quanto ao uso dessa técnica em terapia num futuro próximo.



No entanto, Melton afirma que o estudo é uma prova de princípio importante, porque agora poderá ser possível reproduzir, em laboratório, as condições nas quais o sistema imunológico do portador de diabetes juvenil começa a atacar as células de insulina.



Como o genoma "doente" está presente em todas as células do portador de diabetes tipo 1, os cientistas planejam derivar outros tipos celulares - como células do sistema de defesa do corpo- e fazê-las interagir com as células beta.



Questão pessoal - Sabendo em que condições ocorre o ataque e o que o provoca, os pesquisadores poderão, no futuro, usar as células iPS derivadas dos próprios pacientes para repovoar o pâncreas de diabéticos com células beta sem risco de rejeição. Também poderão desenvolver maneiras de evitar o ataque imunológico, curando a doença.



Para Douglas Melton, mais do que uma busca científica, trata-se de uma questão pessoal. O cientista tem dois filhos diabéticos, Sam e Emma, e passou a estudar células-tronco, desafiando as restrições impostas pelo governo Bush, para buscar a cura da doença.

 
Fonte: Folha On Line

Pesquisadores divulgam resultado positivo de pesquisa com células-tronco

Pesquisadores do interior do estado de São Paulo divulgaram nesta terça-feira (8) o resultado de mais uma pesquisa com células-tronco: aquelas que podem se transformar em qualquer tecido humano. Elas foram usadas, com sucesso, no tratamento de uma doença que atinge os pulmões, o enfisema pulmonar.




As pesquisas foram realizadas no Instituto de Moléstias Cardiovasculares, em São José do Rio Preto, e na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Assis.



Os primeiros resultados positivos apareceram em cobaias animais. Depois, o procedimento, considerado inédito, foi testado em três pessoas. As células-tronco foram retiradas da medula óssea e injetadas numa veia do braço.



Os estudos mostraram que uma grande parte das células foi diretamente para os pulmões e o estado de saúde dos pacientes melhorou.
 
 
Fonte: G1

Descoberta célula-tronco associada ao câncer de próstata

Pesquisadores descobriram uma célula-tronco que pode provocar pelo menos alguns tipos de câncer de próstata. Células-tronco são células que funcionam como uma espécie de "manual de instruções" para o organismo. A descoberta ainda é apenas experimental - as células foram descobertas em ratos -, mas pode explicar pelo menos alguns tipos de tumores prostáticos, e no futuro oferecer novas formas de tratá-los, segundo artigo publicado nesta quarta-feira na revista "Nature".


A descoberta também aponta para uma possível nova fonte dos tumores da próstata - as chamadas células luminais, que secretam vários compostos usados pela próstata.


 
"O papel das células-tronco no desenvolvimento do câncer de próstata tem sido um foco de especulação há muitos anos," disse em nota a Dra. Helen Rippon, da entidade britânica Prostate Cancer Charity.



"O importante é que esta nova célula-tronco não depende de andrógenos - os hormônios sexuais masculinos que controlam o crescimento da próstata - para sobreviver e crescer. Isso pode dar uma pista sobre por que o câncer de próstata frequentemente se torna resistente a tratamentos destinados a regular esses andrógenos nos estágios avançados da doença," acrescentou Rippon, que não participou da pesquisa.



"Este conhecimento aprimorado também será um passo adiante para aprendermos como ajudar a evitar que a doença se desenvolva nos homens."



Michael Shen, do Centro Médico da Universidade Columbia, e seus colegas batizaram as novas células-tronco como CARNs, sigla relativa a "células de expressão Nkx3.1 resistentes à castração."



Elas normalmente regeneram parte do tecido que reveste o interior da glândula, responsável pela produção de sêmen. Mas as células podem também formar tumores se certos genes destinados a impedir o crescimento descontrolado são "desligados".



Shen disse que os pesquisadores acreditavam que os tumores resultavam de uma camada diferente de células na próstata, as chamadas células basais.



"Pesquisas anteriores indicaram que o câncer de próstata se origina das células-tronco basais, e que durante a formação do câncer essas células se tornam células luminais," disse Shen em um comunicado. "Em vez disso, as CARNs podem representar uma origem luminal para o câncer de próstata."



O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens de todo o mundo, depois do de pulmão. A doença mata 254 mil homens por ano no mundo.

Fonte: Ultimo Segundo

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Células-tronco podem ser alternativas para doenças renais

SÃO PAULO - O tratamento atual das doenças renais crônicas se resume à terapia de hemodiálise ou ao transplante. Mas, de acordo com estudos apresentados durante a 24ª Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), realizada em Águas de Lindoia (SP) no mês passado, portadores de insuficiência renal poderão, no futuro próximo, contar com alternativas mais simples e eficazes no combate à doença.

No simpósio em que se discutiu o uso de células-tronco para o tratamento de portadores de doença renal crônica, os trabalhos projetaram possibilidades concretas, como o estudo coordenado pela nefrologista Lúcia Andrade, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Após introduzir células-tronco retiradas da medula óssea de ratos saudáveis em outros com insuficiência renal, a técnica gerou uma reversão do quadro da doença. Os resultados sugerem que as células-tronco, provenientes de animais adultos, são capazes de prevenir e até mesmo de regenerar a função e o tecido renal. Se resultados similares fossem obtidos em humanos, o método poderia, por exemplo, dispensar a diálise.

“O que fizemos até o momento é tudo experimental, em modelo de doença renal crônica em ratos. Agora, estamos propondo começar a fazer estudos terapêuticos com cães”, disse Lúcia à Agência Fapesp. O estudo tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.

O grupo utilizou roedores que passaram por cirurgias para simular a doença. Na simulação, os animais ficaram com apenas 20% da função renal. Foram aplicadas duas estratégias diferentes de tratamento. Duas semanas depois da cirurgia, um grupo de ratos recebeu uma injeção com 2 milhões de células-tronco na corrente sanguínea e outro recebeu três aplicações.

No quarto mês após o início do experimento, os dois grupos de ratos tiveram recuperação da função renal, conseguindo 50% de filtração. Segundo Lúcia, em humanos 20% da função renal implica a necessidade de se fazer diálise. “Já com 50% é possível levar uma vida normal, com dieta e acompanhamento médico.”

“O modelo que utilizamos é semelhante ao que ocorre em seres humanos. Os resultados apontam que a doença não só parou de progredir como as funções renais foram recuperadas em parte. Isso é algo bastante entusiasmante”, disse. O estudo foi publicado na revista Stem Cells.

Os testes feitos inicialmente com ratos serão conduzidos com cães com insuficiência renal. De acordo com a coordenadora da pesquisa, em reunião com veterinários foi descartada a possibilidade de se fazer o estudo com gatos.

“Nos gatos, a progressão da doença é muito lenta. E como queremos resultados mais rápidos optamos por realizar testes em cães porque, com uma única dose, a evolução da doença renal crônica é mais rápida e o resultado mais satisfatório”, disse.

Segundo ela, é necessário entender melhor o mecanismo, uma vez que as células injetadas podem migrar para tecidos não desejados. “Para a área de nefrologia, é arriscado estabelecer uma previsão a médio prazo. Em outras áreas, como a cardiologia, há um avanço, uma vez que os testes são feitos com humanos”, contou.

A pesquisadora destaca que não existe ainda uma explicação para a melhora da função renal a partir da aplicação de células-tronco. Uma possível resposta seria que elas migrariam para o tecido lesionado e liberariam tanto substâncias inibidoras dos agentes inflamatórios que causam a insuficiência renal como elementos que induzem a regeneração das células do rim.

“Mas acreditamos, a partir de nossos estudos, que o mecanismo de ação das células-tronco seja mais imunológico que regenerativo”, disse.

Outras frentes

Pesquisas de destaque na área também têm sido conduzidas pelos grupos liderados por Nestor Schor, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e por Niels Olsen Saraiva, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, que coordenaram a mesa sobre células-tronco e doença renal na Fesbe.

Schor, que coordena o Projeto Temático “Mecanismos moleculares, celulares e fisiopatologia da insuficiência renal aguda”, apoiado pela FAPESP, abordou no encontro o impacto das células-tronco na insuficiência renal.

O objetivo é tentar entender a fisiopatologia, ou seja, qual a contribuição das células-tronco, como controlá-las e quais as melhores células a serem utilizadas – se as da medula óssea, embrionárias ou do tecido adiposo –, entre outras questões.

Niels falou sobre o uso de um tipo de células-tronco, as mesenquimais, que são capazes de atenuar o processo inflamatório em doenças renais agudas e crônicas. Em doença renal aguda isquêmica, a inflamação é um componente chave.

“Qualquer terapia que possa amenizar a resposta inflamatória e, ao mesmo tempo, reparar precocemente o tecido, será benéfica para um tratamento futuro em pacientes com insuficiência renal”, disse.

O estudo – cujos resultados correspondem a duas teses de doutorado orientadas por Niels, concluídas este ano com o apoio da Fapesp – indicou que as células mesenquimais, derivadas de medula óssea ou gordura periférica, foram capazes de reverter a inflamação.

“Demonstramos que essas células, derivadas de medula óssea ou de gordura, são capazes de reverter o processo inflamatório desencadeado pela isquemia, diminuindo moléculas que têm ação mais inflamatória e aumentando outras com capacidade de proteger o tecido agredido. A diminuição desse processo inflamatório se traduz em menor cicatriz no órgão a longo prazo”, explicou.

Outro lado da pesquisa, salientado pelo professor da USP, é demonstrar que células-tronco derivadas de tecidos como o cerebral (neuroesferas) são também capazes de atenuar a inflamação renal por meio da secreção de fatores solúveis que agem em outras células.

“Mesmo a distância, uma célula com potencial de ‘ser tronco’, independentemente da origem, tem esta capacidade de diminuir a inflamação e aumentar as chances do tecido (do rim) se regenerar mais rapidamente”, disse.

Resultados dos trabalhos coordenados por Niels foram publicados nas revistas Stem Cells, International Imunopharmacology e Nephron Experimental Nephrology.

O professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP colaborará com o projeto de pesquisa em que células-tronco serão testadas em cães, em parceria com o grupo de Lúcia Andrade na Faculdade de Medicina.

Fonte: imigrante.com